Lendas e Mitos de Mangabeira Ceará.

Foto da Internet Google Mapas.

LENDAS E MITOS DE MANGABEIRA CEARÁ.

No Distrito de Mangabeira existe várias lendas que o povo conta principalmente os mais velhos.
A Minha avó me contou várias histórias não é só ela que sabe histórias mais também o povo de mangabeira.

O PASSARINHO QUE LAVA AS ROUPAS DE NOSSA SENHORA.

Também chamada de Lavadeira mascarada ela é um pássaro bem resistente.
Tem a mania de ficar nas margens de rios e córregos.
É uma ave misteriosa, cheia de mitos e crendices: dizem que não se podem alvejá-las, porque foram elas quem lavaram as roupas de Nossa Senhora, sujas do sangue de seu filho Jesus.
Quem se atrever, vai é direto para o inferno.
A lavadeira pode ser encontrada nos açudes, aqui em mangabeira é fácil de ver ela no açude do catolé, dizem que ela coloca seu bico na água e fica passando ele na pedra como se estivesse lavando roupa.

Lavadeira Mascarada.
Foto da Internet.

A MULHER DE BRANCO.

Essa lenda fala sobre uma misteriosa mulher toda vestida de branco que aparecia para assustar as pessoas. Essa mulher costumava aparecer em alguns pontos como no Pé de Amargoso, Na Mãe da Lua, na Baixa da Cuica, na Curva do Padre, na ladeira do Amâncio, ao redor das escolas e principalmente no meio da BR 230, diziam que a misteriosa mulher pedia carona. Ninguém nunca soube quem era essa mulher mais que ela existiu existiu os mais velhos ainda hoje relembram essa lenda isso quando alguém pergunta sobre a misteriosa mulher de branco.

Mulher de Branco.
Foto da Internet.

*Em 12 de março de 2024 foi gravado um documentário a respeito das lendas de mangabeira.
O documentário foi gravado em alguns pontos de mangabeira como a curva do padre, e o pé de amargoso.
Gravamos a lenda da mulher de branco.
Foi gravado por Valluz Nunes com a apresentação de Paulo Sérgio Carvalho.
As lendas de mangabeira foram retratadas nesse documentário que tem relação com o projeto da lei Paulo Gustavo.

*Em 23 de Outubro de 2024, uma sinopse do documentário é lançada no programa Bora Conversar com Paulo Sérgio de Carvalho, Paulo inclusive falou sobre esse documentário no seu programa.

*Em 24 de Outubro de 2024, o documentário é postado no canal do YouTube Lavras Ce TV.


O Lobisomem.

Segundo relatos de pessoas que moraram na rua da Escadinha uma rua que existe no Distrito de mangabeira, um homem se transformava em lobisomem e ele se chamava Zezinho de Luciano.
As pessoas contam que ele virava lobisomem, uivava para a lua e muitos tinham medo dele. 
Segundo o que algumas pessoas contam sobre ele, dizem que uma vez, sua mãe lhe mandou levar o almoço pro seu pai, que trabalhava na roça. Ele foi de má-vontade. No meio do caminho, ele comeu toda a carne, deixando apenas os ossos no prato e levou-a ao pai. Quando o pai viu os ossos em vez da carne, ele perguntou o que aquilo significava. Ele então, sem nenhuma culpa e nenhum remorso disse: Deram a mim isso... Eu penso que minha mãe comeu a carne toda com o homem que vai a nossa casa quando você não está lá, e enviou-lhe somente os ossos. Enlouquecido de raiva, o pai voltou logo para casa, puxou do punhal e matou a esposa. Antes de morrer, a mãe amaldiçoou o filho que ria.
E dessa maldição foi que ele começou a se transformar em lobisomem.
Ninguém sabe se essa história e verdade ou se é apenas uma lenda porém o que todos sabem e que um lobisomem existe por conta da maldição dizem que um casal que teve sete filhas mulheres e acaba tendo um filho homem, essa criança acaba se transformando em lobisomem.
Acredita-se que em noite de lua cheia é que um homem amaldiçoado a ser lobisomem se transforma na fera, em alguns locais, por exemplo acredita-se que o Lobisomem somente se transforma numa encruzilhada nas noites de sexta-feira e, ao amanhecer, retorna à encruzilhada para se transformar em homem novamente.
Dizem que pra quebrar o encanto é preciso fazer o lobisomem sangrar mais sem que suje com seu sangue, ainda há a lenda de que apenas uma bala de prata é o antídoto pra derrubar a fera.
Em mangabeira muita gente principalmente as jovens mocinhas tinham medo dessa história e tinham medo de passar pela rua do chafariz que era um dos locais onde Zezinho costumava ficar.

Foto da Internet.

O CARRO PRETO.

Essa é uma das mais antigas. A lenda conta que um carro preto passava e sequestrava crianças que estavam saindo da escola, oferecendo doces com a finalidade de atrair elas para dentro do carro, e por fim as cortavam e roubava seu órgãos para o mercado negro.
As pessoas de Mangabeira ficavam apavorados não deixavam seus filhos e filhas saírem de casa sozinhos teve gente que viu o carro Preto passando na rua de verdade.

O Carro Preto.
Foto da Internet.

LADRÕES DE ÓRGÃOS.


Surgiu um boato de que um casal andava em um carro oferecendo doces as crianças elas aceitavam e eram selquestradas levadas pra longe para terem seus órgãos roubados. Muita gente tem medo dessa lenda até hoje.

Ladrões de Órgãos.
Foto da Internet.

A GANGUE DOS PALHAÇOS.


Mais uma lenda que conta a história de que uma gangue de palhaços estaria roubando crianças para vender seus órgãos para o mercado negro.

A Gangue dos Palhaços.
Foto da Internet.

A BURRINHA DO PADRE.

E uma lenda urbana muito comum versão da mula sem cabeça a burrinha do padre é uma pequena burra que solta fogo pela cabeça dizem que foi uma mulher que se amansebou com um padre e foi castigada virando a burrinha.
Os mais velhos contam que já viram ela nas estradas dos sítios principalmente em noite de lua cheia em uma quinta feira.

Burrinha do Padre.
Foto da Internet.

MÃE DA LUA.

Com o nascer da lua, uma rara ave voa pelo Céu trazendo mistérios, causando encanto e medo é ela a Mãe da Lua.
Dizem que seu canto traz mensagens do mundo dos mortos, entregando boa sorte aos amigos e azar aos inimigos.
A mãe da lua grita bem alto um grito fino dizendo Vou mais não volto mais.
Existiam duas em mangabeira uma no açude do catolé e outra no córrego que hoje é chamado de mãe da lua.

Mãe da Lua.
Foto da Internet.

CAIPORA MÃE DA MATA OU FLOR DO MATO.

Conheço duas histórias sobre ela a primeira foi minha avó Francisca alves Ferreira que me contou e a segunda foi minha mãe Maria Ferreira Lima.
Hoje eu vou falar sobre a caipora o que vocês vão ler são histórias que algumas pessoas aqui da minha cidade falam sobre ela. Essas histórias minha vó também me contou quando eu ouvia dava medo o pessoal aqui tem o costume de sentar nas calçadas a noite e contar histórias ficar horas e horas a conversar.
Muita gente acha que a caipora não existe é uma lenda mais ela existe eu nunca vi ela e nem quero ver.
Em alguns lugares dizem que ela é toda peluda e que odeia cachorros. Em outros falam que ela é uma menina encantada ela é chamada de flor do mato e de comadre fulorzinha.
Dizem também que quando o assovio tá perto e por que ela tá longe e quando o assovio tá longe e por que ela está por perto.
A caipora adora fumo e por isso que quando os caçadores vão caçar na mata eles levam fumo e colocam em algum ponto da mata para agradar ela e terem uma boa caça.
Em algumas regiões dizem que a caipora é irmã do curupira.
A primeira história que eu vou contar foi a minha vó que me contou segundo ela essa história aconteceu de verdade a mãe dela foi quem presenciou a cena.
Minha vó me contou que quando a mãe dela era viva ela foi lavar roupa no açude do pau xito ( um açude que existe aqui pela região).
Era noite e a lua estava cheia ela tinha ido lavar roupa mais as filhas dela incluindo a minha vó que tinha ido também elas criavam cachorros e tinham levado eles.
Quando elas chegaram na entrada do pau xito algo aconteceu os cachorros começaram a latir um latido feio latiam e gritavam como se alguma coisa estivesse batendo neles. A mãe da minha vó olhou pra ela e falou que era a caipora.
A caipora não gosta de cachorro até hoje minha vó me conta essa história.
A 2 história quem me contou foi a minha mãe que ouviu da minha vó que ouviu da mãe dela.
A história é assim tinha uma mulher que morava mais a filha uma menina pequena. Um dia a mãe da menina chamou a menina para ir buscar lenha mais ela lá na mata. A menina não queria ir mais a mulher insistiu tanto que ela aceitou. As duas foram buscar a lenha a mãe da menina foi logo dizendo a ela que ela ficasse o tempo todo perto dela pra ela não se perder na mata.
Quando chegaram na mata a mulher mandou a menina esperar ela enquanto ela ia pegar uma lenha que tinha encontrado a menina concordou a mulher saiu.
Quando a mulher chegou com a lenha a menina não estava mais lá a mulher ficou desesperada e começou a procurar a filha não encontrou ela voltou pra casa.
Passaram os dias e nada da menina aparecer foi quando um caçador que tinha ido pra mata caçar soube da história que tinha uma menina se perdido na mata ele foi até a mulher e falou pra ela.
Que tinha visto uma menina na mata mais ela tinha desaparecido essa menina era a caipora.
Os mais velhos dizem que a caipora não faz mal a ninguém mais só se a pessoa agradar ela com fumo.
Alguns até dizem que se a pessoa der fumo a ela ela pode se acostumar e vir pedir fumo várias vezes.
Os mais velhos também falam que a noite não se deve falar o nome caipora pois ela pode aparecer e melhor falar flor do mato.
A caipora também é chamada de mãe do mato ou mãe da mata.
Caipora também é uma pessoa que é viciada em fumo e em cigarro.
Aqui na minha cidade o pessoal tem a mania de falar assim com uma pessoa que fuma muito.
"Eita tu fuma demais parece até uma caipora"
Eu só sei e que eu acredito que ela exista agora ver ela eu não tenho coragem não eu tenho é medo.
A caipora assovia todas as noites, no Alto do Amargoso o assovio vem da Mata e também pode ser ouvido na baixa da cuíca e na mãe da lua que ficam perto do açude do catolé, dizem que quando ela assovia longe é por que ela está perto e quando ela assovia perto é por que ela está longe.

Foto da Internet.

*O Menino Pagão: Quem contou essa história foi uma falecida conhecida chamada Dona Herminelgida conhecida aqui em mangabeira por dona minelgida. Segundo ela essa história aconteceu de noite no quintal da casa dela.
Ela escutou um choro de criança vindo do quintal abriu a porta e viu um menino chorando ela foi até o menino pegou ele no braço e rezou pra ele só foi ela fazer isso que o menino desapareceu era um menino pagão. Uma criança pagã.

Foto da Internet.

A SEREIA.

Dizem que ela mora no açude das carnaúbas e no açude de João Bosco também existe uma ela fica em cima de uma pedra em noite de lua cheia penteando seus cabelos lindos com um pente de ouro da cintura pra cima é metade mulher já da cintura pra baixo e metade peixe. No açude do pau xito também existe sereia.

Foto da Internet.

SACI PERERÊ.

O saci existe quem acha que ele não existe se enganou pois ele existe sim o Saci existe no Sítio Barbosa lá pras bandas do Açude do pau Xito e na Serra da Mescla.
Ele é um moleque Moreno com uma perna só que usa um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos o Saci adora fumar está sempre com seu cachimbo na boca adora travessuras em algumas regiões é considerado um brincalhão já em outras um ser do mal.
Quando um redemoinho passa as 12 horas da tarde é o saci que vem dentro dele ele faz o leite azedar dá nó nas crinas dos cavalos faz diversas travessuras.
Diz a lenda que para pegar um saci só é jogar uma peneira quando o redemoinho passar ai coloca uma garrafa de vidro debaixo da peneira e tapa a garrafa com uma rolha que tem que ter uma cruz desenhada nela.
Dizem que os sacis tem furos nas mãos por onde jogam brasas acesas se divertindo a oração que eles mais odeiam é a oração Glória das virgens.
Os sacis nascem em bambus quando envelhecem não morrem São transformados em orelhas de pau.
Várias pessoas já afirmaram terem visto o saci.
Uma outra forma de controlar o saci e tirando da sua cabeça o seu gorro pois fazendo isso ele passa a ser seu escravo lhe obedecendo em tudo que você pedir.
*Dizem que quando um redemoinho passa meio-dia em ponto é o Saci Pererê que está dentro dele.

Foto da Internet.

A MISSA DOS MORTOS.

É Uma velha lenda diz que acontece na noite de finados lá pra meia noite acontece uma missa mais uma missa dos mortos só quem já morreu e quem participa da missa acontece na igreja.
Dizem os mais velhos que se você dormir dentro de uma igreja em dia de finados você vê coisas vê um rebuliço grande.

Foto da Internet.

*A História da Cobra: Quem contou essa história foi minha mãe Maria ela disse que era de noite ela é meu pai estavam sentados na calçada a lua estava normal no céu quando na Estrada passou uma cobra bem grande essa cobra foi pro mato e entrou numa pedra que estava debaixo de um pé de oiticica. Até hoje essa cobra está nesse pé de oiticica dormindo.

O AMIGO IMAGINÁRIO.

Amigo imaginário pode ser uma pessoa, um animal ou qualquer outra criatura inventada, geralmente por crianças, com comportamento e personalidade elaborada.
Geralmente um amigo imaginário é criado para ser uma companhia nos momentos em que a criança está sozinha, para conversar e brincar, ocupando um período ocioso. Por isso é mais comum em crianças que não têm irmãos, filhos de pais mais velhos ou que não têm muito acesso à TV ou jogos eletrônicos.
Apenas a criança é quem pode ver o amigo imaginário, muitas até falam com ele e os pais vêem seus filhos falando sozinhos quando na verdade estão falando com o tal amigo imaginário.
Muitas vezes a criança se sente só, sem amigos e sem a atenção dos pais e ai cria esse tipo de amigo, o que os pais não sabem é que nem todos os amigos imaginários são bons pois tem amigos imaginários ruins também.
Muitas se apegam a ele, e eles transformam as crianças em crianças agressivas, violentas e é aí que os pais começam a se preocupar.

Foto da Internet.

RASGA MORTALHA.

Aqui na minha região a rasga mortalha é um pássaro de cor branca, e de vôo baixo. O atrito de suas asas , ao voar, produzem o som de um pano que está sendo rasgado. Por isso ela se chama rasga mortalha. O povo acredita que, quando ela passa sobre a casa de alguma pessoa doente, ela esteja rasgando a mortalha do doente, que , assim está prestes à morrer.  A rasga mortalha só sai na boca da noite.
É um pássaro agorento dizem que se ela passar em cima de uma casa e fazer uma cruz no dia seguinte uma pessoa da casa amanhece morta.
O pessoal daqui da região os mais velhos contam que quando ela aparecer no céu você tem que mandar ela ir embora. O pessoal diz que uma boa forma e você gritar bem alto. "Vá comprar carne no açougue" e ela logo sai.
A rasga mortalha é muitas vezes confundida com a matinta perera mais ela não é a matinta. Existem milhares de pássaros e aves bem curiosas e misteriosas espalhadas pelo mundo.
Dizem que a rasga mortalha mora na Torre da Capela de São Vicente de Paulo.

Foto de Nilberto Henrique.

*No açude do Catolé existe várias lendas dizem que ele é assombrado se você for a noite você vê casas velhas abandonadas vê galhos e troncos de árvores jogados no meio do caminho. No dia seguinte quando você voltar pelo mesmo caminho que você foi você já não vê mais nada disso. Ir ao Catolé a noite só vai quem tem muita coragem.

O CACHORRO FANTASMA.

Foto da Internet.

Essa é mais uma das lendas de Mangabeira. Segundo alguns moradores da região esse cachorro existe e você pode ver ele de noite mais precisamente em noite de lua cheia ele fica na Estrada que leva até senhor Né mais conhecido como seu Né. O CACHORRO aparece na Estrada e lhe acompanha até a cruz de façanha quando se chega na Cruz ele desaparece.
A cruz tem esse nome por que ela é a cruz de uma mulher uma senhora que morreu na Estrada ela se chamava façanha diziam que era uma senhora faceira que gostava de pregar peças nas pessoas.

Existem três citações a respeito dessa lenda do cachorrinho branco que foram publicadas em três livros de três autores de mangabeira, o primeiro livro é o Voz Verso e Viola em Mangabeira de Dias da Silva, o segundo é o livro São José das Mangabeiras de João Gonçalves de Lemos e o terceiro livro é o Zeca e Nita: duas vidas e um propósito de José Lindemberg Duarte.

Fonte: (Extraído do Livro Voz Verso e Viola em Mangabeira de Dias da Silva).
Pelas estradas do sertão, há sempre aquelas passagens mal-assombradas. Todo mundo diz que as coisas aparecem. Tudo coisas do outro mundo. Surgem visões. E visagens. Ouvem-se gemidos. Sobremodo nas noites de lua cheia. E o medo cresce na gente. Os cabelos da gente viram lancetas na cabeça. Espetando tudo de tanto medo. Em tais circunstâncias pessoas viram estátuas. Ficam paralisadas. Sem ação. Os olhos querendo sair das órbitas. O coração aos pulos. sangue correndo apressado nas veias. Há também pessoas que saem em desabalada, comendo o chao. Não existe caminho ruim para quem vai com medo. Não há ladeira. Não há pedras. Tudo é só planície e areia fina.
Próximo de Mangabeira, tinha um lugar assim: A Cruz da Faceira. Só o nome já faz medo. E logo uma cruz. É muita gente que tem receio destas cruzes de Beira de caminho. Aliás nada tão só do que Cruz ao lado da estrada.

Bota medo em muita gente. Cruz no caminho é sinal de morte. De alguém que fica vagando e pode aparecer. Por isso é que as pessoas fazem a cruz na teste e se benzem. Em sinal de respeito pela alma penada. Geralmente é pelo medo que a gente espalha na testa o sinal-da-cruz.
A Cruz da Faceira botou muita gente pra correr. Também inspirou estes versos a Luiz Firmino:

 "Voltando de Mangabeira
 Já muito sugestionado
 Quase ele morre assombrado
 Bem lá na Cruz da Faceira
 Tão grande foi a carreira
 Mesmo correndo a pé
 Fazendo a voz de mulher
 Perdeu ali o destino
 Com medo de Adelino
 Quase passou do Sapé"

Luiz Firmino se foi. Com ele se foram versos, quadras e décimas.

Fonte: (Extraído do Livro Zeca e Nita Duas Vidas e Um Propósito de Lindemberg Duarte).
Antes de morarem na Barra, Zeca e Nita passaram um período curto no final dos anos 60 nos Orondongos. Eu, já estudando em São José, para onde fazia o percurso a pé no final de tarde para assistir as aulas, às vezes retornando no mesmo dia quando tinha companhia, pelo avançado da hora. Havia o receio de passar sozinho pela lagoa do Beato, em horário noturno, pois diz a lenda que um cachorrinho branco acompanharia a gente no percurso por aproximadamente 500 metros e desapareceria da mesma forma que chegara. Não sei se esse cachorrinho era seletivo, se não fazia isso com muita frequência. O que é certo é que a gente não tinha domínio sobre suas aparições e preferências. Então, na dúvida, nunca ultrapasse, diz o Conselho de Trânsito. Zeca me contou que, certa vez, era ainda adolescente, foi deixar no Sítio Orondongos um cavalo, que teria sido utilizado por seu pai, e ao retornar já era noite, trazia no ombro uma esteira branca usada na montaria. Pois bem, o medo era tanto que, ao olhar para trás e ver aquele tecido em seu ombro, achou que fosse o tal cachorro e saiu em desabalada carreira, chegando ofegante a casa. O medo desencadeia na percepção das pessoas uma confusão de imagens, quem sabe não foi isso que aconteceu naquela noite! Além disso, havia a cruz da faceira, que embora ficasse depois da chegada à casa da propriedade, era nela fincada junto á estrada no sentido do Sítio Torrões, sob um pé de juá, que a acolhia e a protegia, e que metia algum tipo de receio: com essas coisas não se brinca! Não havia razão para meter medo, exceto pela presença da cruz, que direciona o pensamento para as almas, já que segundo Bruno Pedrosa em seu livro "O Povo de São José", a cruz fincada não se referia aos mortos, e a Faceira nada mais era que a denominação do outeiro em que morava Joaquim Galdino, ou Joaquim Beato, outro paraibano das águas de Catolé do Rocha, de quem se originou o nome da Lagoa do Beato, essa, sim, mal-assombrada pela aparição do cachorrinho branco. Há uma versão de que a "Faceira" pudesse ser um animal, uma mula, provavelmente pertencente a esse senhor Joaquim Beato, que de tanto apreciá-la lhe deu destino nobre após sua morte.

Fonte: (Extraído do Livro São José das Mangabeiras de João Gonçalves de Lemos).
Cruz da Faceira - É tradição guardar esse passado distante, uma jovem que viveu ali e cujo comportamento fora censurado pela comunidade local. Era conhecida como "jovem alegre" o que significava dizer, fora dos padrões morais da sociedade local.
Longe de realizar aqui qualquer censura, na verdade apenas faço o registro. Naquele lugar, ela viveu e morreu. O lugar ficou mal-assombrado e ainda hoje as pessoas receiam passar por ali.

O DIABINHO DA GARRAFA.

Foto da Internet.

A lenda do Diabinho da garrafa trata-se de um pacto que as pessoas afirmam que se pode fazer com o diabo. Este pacto consiste na maioria das vezes de uma troca, a pessoa pede riqueza e em troca dá sua alma ao diabo.
O Diabinho da Garrafa também é conhecido como Famaliá, Cramulhão, Capeta da Garrafa, entre outros nomes.
Segundo a lenda depois de feito o pacto o primeiro passo a se fazer é conseguir um ovo, que dele nascerá um diabinho de 15 cm a aproximadamente 20 cm. Mas esse ovo não se trata de um simples ovo de galinha, e sim um ovo especial, fecundado pelo próprio diabo (em algumas regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo, em outras acreditam que ele nasce de um ovo colocado não por uma galinha e sim por um galo). Este ovo seria do tamanho de um ovo de codorna.
Para conseguir tal ovo, a pessoa deve procurá-lo durante o período da quaresma, e na primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada, a meia noite, com o ovo debaixo do braço esquerdo. Após passar o horário, retorna para casa e deita-se na cama pois uma febre terrivel vai cair na pessoa. No fim de 40 dias aproximadamente, o ovo é chocado e nascerá o diabinho; de posse do diabinho, a pessoa coloca-o logo na garrafa e fecha bem fechado. Com o passar dos anos, o diabinho enriquece o seu dono, e no final da vida leva a pessoa para o inferno.
Tem um porém nesse pacto se a pessoa começou a fazer ele e desistir no meio ou alguma coisa dá errado o diabo irá perseguir para sempre quem ousou iniciar o pacto.

A COBRA DO AÇUDE DO PAU XITO.

Foto da Internet.

Segundo os moradores do sitio Barbosa existe uma enorme cobra morando dentro do açude ela mora em uma pedra enorme que está dentro do açude. Já viram essa cobra dizem que o açude do pau xito existiu desde a época da escravidão.
O açude nunca seca pois e da água que a cobra sobrevive.

O HOMEM QUE VIROU BICHO.

Foto da Internet.

Dizem que essa história aconteceu de verdade no sítio Calabaço o homem se chamava Vicente Fininho.
Vicente quando menino era uma criança muito ruim malvada.
Uma vez, sua mãe mandou-o levar o almoço ao pai, que trabalhava na roça. Ele foi de má-vontade. No meio do caminho, ele comeu o almoço, colocou os ossos da carne na marmita e levou-a ao pai. Quando o pai viu os ossos em vez da comida, ele perguntou o que aquilo significava. Ele perfidamente, disse: Minha mãe comeu a galinha com o homem que vai a nossa casa quando você não está lá, e enviou-lhe somente os ossos. Enlouquecido de raiva, o pai voltou logo para casa, puxou do punhal e matou a esposa. Antes de morrer, a mãe amaldiçoou o filho que ria, dizendo: Você se transformará em bicho todas as noites e nunca terá paz na vida.
Ele riu ante a maldição e foi embora. Desde então a praga aconteceu. Dizem que ele vivia como um bicho comia sabugo de milho fazia coisas assustadoras.
Assim me diseram essa história.
Outro homem virava bicho no açude do Sítio Unha de Gato ele desaparecia nas águas do açude e aparecia até altas horas da noite.

A CASA ASSOMBRADA DA BARRA.

Foto de Cicero Lhyma.

É uma casa velha abandonada que fica localizada no Sítio Barra, dizem que essa casa é mal assombrada.
Ela fica no primeiro curral que você vê quando vai pela estrada.
Pra se chegar lá leva de 10 a 15 minutos indo pela rua Coronel Manuel Cesário, de lá desce três ladeiras e anda um trecho pequeno e já sai na casa assombrada.
Dizem que a casa é assombrada por que há muito tempo atrás apareceu um bicho nela.
Segundo um morador do Sítio Barra e algumas pessoas de Mangabeira, a história que aconteceu nessa casa na verdade foi uma perseguição muito grande a esse bicho que dizem ter sido um cachorro enorme, preto e com dentes bem grandes e afiados, ele era maior que qualquer homem normal.
Tinha quase dois metros e quando era avistado na estrada por alguém ele se agachava igual a um homem.
Isso aconteceu no tempo que Bastião de Luiz de Doquinha morou lá.
Segundo os moradores a história que aconteceu na Barra foi a seguinte: duas crianças, ( essas crianças eram duas meninas) estavam morrendo de fome e o pai pediu leite ao dono da casa que tinha muita vaca, porém ele não deu nenhuma gota de leite as meninas negou o leite. Essas crianças morreram e a partir daí os fenômenos começaram a acontecer contra essa casa, o dono dela começou a adoecer, dizem que essas coisas nunca tinham fim.
Até que um dia um morador desse sítio que dizia ser bem metido a valentão, Soube dessa história dessa casa e desse bicho no começo ele riu e disse que não tinha medo e que se visse alguma coisa ruim dentro da casa colocava era pra correr. Até que em uma noite de inverno apareceu esse bicho em cima do telhado da casa, dizem que ele andava pelo telhado sem quebrar as telhas e ele andava em cima do telhado todas as noites.
O dono da casa não dormia com esse bicho correndo pelo telhado foi ai que os moradores do sítio decidiram ajudar.
Juntaram 12 homens mais corajosos do sítio pra passar uma noite pastorando esse bicho aparecer, ele veio aí aconteceu que esses homens mesmo todos armados com espingardas e fações não conseguiram pegar ele.
Nem mesmo o morador que se dizia ser valentão conseguiu, a casa pegou fogo e foi ai que o morador decidiu nunca mais negar leite a ninguém.

Existem duas histórias a respeito dessa casa assombrada.
*Dizem que nessa casa da barra existe uma botija de ouro que foi enterrada pelo dono da casa antes dele falecer, as únicas pessoas que sabiam dessa história eram ele e a mulher dele que também faleceu mais ninguém da família sabia.
Ai dizem que quem sonha com ele, no sonho ele diz onde enterrou a botija e ainda ele dar a permissão pra pessoa ir até o local em que ele enterrou a botija desenterrar e ficar com todo o ouro que encontrar.
Caso alguém que não tenha sonhado com ele for tentar desenterrar a botija não vai conseguir desenterrar pois vai ver vultos de demônios, ver um cachorro preto, um sapo gigante, a terra tremendo e vê várias outras aparições.
Segundo o que contam o senhor enterrou a botija debaixo de uma pedra enorme.
Dizem que depois que essa história se espalhou ninguém morou mais nessa casa e nem mesmo os descendentes desse senhor quiseram morar, a casa ficou abandonada e assombrada porém ainda hoje a botija está lá esperando ser desenterrada.
Dizem que dentro dessa botija existe ouro, dinheiro, cordões de ouro valiosos e muita riqueza, dizem até que quem desenterra a botija com a permissão do dono deve assim que desenterrar sair do Distrito e ir morar em outro lugar sem nunca mais voltar pro lugar de onde saiu.
Os mais velhos dizem que quem desenterra sem a permissão do dono é perseguido por aparições por vultos e tem a vida arruinada e pra que tudo volte ao normal é preciso enterrar a botija no mesmo lugar que desenterrou porém com o buraco mais fundo do que já era quando ela estava enterrada.
Pois se o buraco não for mais fundo do que já era essas assombrações e esses vultos vão ficar libertos e pra que eles somam é preciso cavar mais fundo do que já era.
Os mais velhos também dizem que quem vê algum objeto em cima de um túmulo no cemitério e traz o objeto pra casa é perseguido pelo espírito do túmulo onde o objeto estava, pois o objeto era da pessoa que foi enterrada no túmulo.

*Dizem que nessa casa está enterrada uma botija de ouro e que pra desenterrar é preciso ter a permissão do dono da casa, segundo algumas histórias contadas pelos mais velhos, pelas pessoas que chegaram a conhecer o dono da casa em vida, ele enterrou essa botija no batente da porta ou seja perto da calçada na entrada da casa dizem que quanto mais se cavar pra desenterrar a botija mais fundo o buraco será pois não é fácil achar essa botija ele enterrou ela bem fundo.

IMAGENS CASA DA BARRA.

Foto de Cicero Lhyma.

Foto de Cicero Lhyma.

Foto de Cicero Lhyma.

Foto de Cicero Lhyma.

Foto de Cicero Lhyma.

Foto de Cicero Lhyma.


A CASA DO MENINO DO CAMPO.

Foto Canal Triplo Mito X.

Essa casa fica no limoeiro dentro da mata dizem que existe um fantasma de um menino que ainda hoje mora nela esse menino morreu na casa mais ela ficou assombrada a casa ainda existe está toda destruída mais o fantasma do menino ainda hoje vive lá.

Foto de Marcos Felipe.

CANAL TRIPLO MITO X.
CAÇADORES DE FANTASMAS.

Os Caçadores de Fantasmas são um trio de meninos conhecidos no YouTube como Canal Triplo Mito X, o trio é composto por três integrantes Marcos Felipe, Guilherme e Ruan.
No YouTube o canal foi criado no dia 27 de Julho de 2018.
O canal tem 124 inscritos a turma resolve mistérios em lugares assombrados caçando fantasmas e gravando novas aventuras.
O canal chegou até a mudar seu nome para Mitos X.
O canal não existe mais foi excluído.

Foto de Marcos Felipe.

A MÃE DO OURO.

Foto da Internet.

Mãe do ouro é um mito que conta que supostamente existe uma bola de fogo que com sua presença mostra a localização de jazidas de ouro. Existe uma variação do mito que diz que esta bola se transforma numa bela mulher, loira que reflete a luz do sol e tem um vestido de seda branco que voa pelos ares.
Essa bola de fogo já foi vista na entrada do granjeiro e dizem que ela persegue os carros e as pessoas.

OVNIS.

Foto da Internet.

Muita gente afirma que já viu ovni em mangabeira ovni é  um objeto voador não identificado ou seja um disco voador uma nave espacial enfim algo que se relacione com alienígenas extraterrestres.
Na serra da Mescla por exemplo visões de estranhas luzes que aparecem e somem são frequentes quase todas as noites.
Essas luzes aparecem no céu e desaparecem com uma rapidez elas giram sobre a Capela de São José.
Em 22 de Outubro de 2019 uma noite de terça feira uma nova aparição foi vista dessa vez no sitio Machado, um morador do sítio afirmou ter visto onde um objeto voador não identificado (ou OVNI) teria caido.
Em agosto de 2021 alguns moradores de mangabeira afirmaram terem visto um ovni na pista Br-230 que vai de mangabeira para lavras.

A PROFECIA SOBRE MANGABEIRA.

Foto de Camila Aristides Diniz.

Segundo os mais velhos Cícero Romão Batista conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço, profetizou que Mangabeira era um lugar que não ia pra frente e que seria coberto de melão são caetano. Alguns moradores afirmam que não foi padre Cícero quem fez essa profecia e sim Frei Damião, os mais velhos porém garantem que foi padre Cícero.

*As pessoas mais velhas também dizem que Padre Cicero fez uma previsão em relação a moto, dizem que ele falou que no mundo ainda ia chegar o tempo em que ia aparecer um bicho de apenas um olho e dois chifres e que esse bicho ia tirar a vida de muita gente.
Quem interpreta essa citação sabe que se refere a moto, pois muitas pessoas acabam perdendo a vida em acidentes de moto, o que não se sabe é se foi verdade essa fala dele ou se é apenas história que os mais velhos contam.

*Em épocas remotas dizem que em Mangabeira, foram enterradas espadas de ouro, caixões de cedro, tachos, bules e outros vasos todos cheios de ouro e prata.

PROFECIA DA BR-230.

Foto da Internet.

Antes de Fransquinha de Chico Dias morrer ela fez uma previsão, na época que eles começaram a fazer essa pista que hoje é chamada de Br-230 ela falou que, muita gente ia morrer nessa pista. Foi dito e feito já aconteceu um monte de morte e nunca celebraram uma missa ali.

A COBRA PRETA DA BUEIRA.

Foto da Internet.

Segundo alguns moradores da Rua Cândido Salvador Dias (Alto do Amargoso) existe uma grande cobra preta dentro de uma bueira que está localizada no terreno de Aparecida e nego de joaca, dizem que já viram essa cobra e ela é muito grande.
Esse terreno onde essa cobra está, fica localizado próximo a curva do padre.
Segundo os moradores essa cobra passa o dia todo dentro da bueira é só sai meio dia que é a hora em que ela vai caçar algum animal pra comer.
Dizem também que ela é uma cobra que se alimenta do leite materno ou seja ela visita as mulheres grávidas por volta das altas horas da noite e, ao chegar no quarto onde a mamãe dorme com seu bebê ao lado, a cobra coloca a ponta da sua cauda na boca da criança, enquanto ela (a cobra) mamava no peito da mãe que dorme profundamente. Sendo assim, o subconsciente da mãe lactante fazia ela entender que se tratava  do seu filho recém-nascido que mamava no seu peito.

ASSOMBRAÇÕES E APARIÇÕES EM MANGABEIRA.

É bastante comum ouvir relatos de pessoas que já viram assombrações e aparições no Distrito de mangabeira, antigamente as pessoas viam as coisas com bastante frequência hoje são poucas as vezes e os momentos que se vêem, tem gente que não ver nada de paranormal mais tem gente que até os dias de hoje vê.
Dizem que todo medo está escondido na escuridão pois é sempre a noite que assombrações, visagens e aparições paranormais aparecem, ninguém nunca viu uma assombração durante o dia.
Os mais velhos contam que quando a pessoa ver uma pessoa que já morreu é por que essa pessoa ou quer reza, ou quer dizer alguma coisa que não disse quando era vivo a pessoa que lhe apareceu.
Muitas vezes os mortos entram em contato com os vivos através dos sonhos, minha vó já me contou que sonhou uma vez com o meu avô e no sonho ele ia ensinar um remédio a ela só que só não ensinou por que acordaram ela na hora que ele ia ensinar.
Tem gente que já viu gente que já morreu, gente que escuta arrastado de chinelo, varrido de casa com uma vassoura, uma pia de prato sendo lavado dentro de uma casa que já morreu gente. 
Em mangabeira teve até relato de gente que já tirou uma foto e apareceu uma mão na foto que foi tirada, a mão de uma pessoa que já morreu. Gente que foi caçar na mata e alguma coisa começou a correr atrás com uma grande velocidade e uma quebradeira de matos e quando chegou perto da pista parou. Tem relatos de gente que já viu vários cavalos correrem disparados pra cima de pessoas e os cavalos desaparecerem do nada, uma mulher que apareceu na parede de um açude.
A imagem de uma mulher boiando sobre as águas de um açude.
Já viram colchões em grotas pros lados do açude do catolé, do córrego das vespas, do pé de urubu, viram sapatos de homem e sandálias de mulher em cima de colchões, enfim muitas aparições.
Dizem que a noite principalmente entre a meia noite a terra entra em contato com o mundo dos mortos e essas assombrações aparecem pelo redor do mundo.

CHARLIE CHARLIE.

Charlie charlie é uma brincadeira que consiste em desenhar uma cruz em uma folha de papel, escrevendo quatro possíveis respostas nos espaços — normalmente, "sim" e "não". A pessoa deve então cruzar duas canetas em cima da cruz e dizer "Charlie Charlie, você está aí". Após alguns segundos, de acordo com os relatos, uma das canetas deverá se mover por conta própria, sinalizando a presença do suposto demônio mexicano Charlie — outras perguntas podem então ser feitas a ele.
Existe um relato que em mangabeira tentaram fazer essa brincadeira e ai a caneta se mexeu sozinha e os envolvidos saíram correndo com medo, muitos dizem que isso não é brincadeira é coisa perigosa, pois invocar quem já morreu é perigoso.

Foto da Internet.

COMIGO-NINGUÉM-PODE.

A comigo-ninguém-pode é considerada uma planta de fácil cultivo pois pode ser cultivada em vasos, conjuntos isolados ou também em jardineiras, preferencialmente ela deve ser cultivada em locais com umidades relativas do ar altas para um melhor desenvolvimento ou seja plantar uma muda em um lugar com bastante sol não vai adiantar pois o sol vai fazer as folhas da planta murcharem até secar.
Uma curiosidade a respeito dessa planta, e em que em quase todas as casas dos moradores de mangabeira e da região existe uma muda plantada em um vaso que fica logo ao pé da porta de entrada da residência da pessoa ou na calçada.
Muitos acreditam que a comigo-ninguém-pode tem poder.
O poder da planta é tão grande que ela é capaz de emanar vibrações que afastam e quebram todas as energias negativas de qualquer ambiente. Além da planta proteger o lar de visitas indesejadas, invasores e cobiça ao ser colocada logo ao pé da porta de entrada de residência.
A planta também tem o poder de proteger a casa contra o mau-olhado e a inveja, o que contribui para a atração de boas energias, também possibilita o fortalecimento energético de pessoas e ambientes, absorvendo a energia negativa de pessoas má intencionadas e impedindo que essas energias cheguem até os moradores da residência.
Ela é capaz de afastar todo o tipo de energia negativa, seja de quem a carrega ou do local onde está plantada. Seus benefícios de proteção contra o olho-gordo, inveja e azar são fortes e muito eficientes.
A comigo-ninguém-pode também pode ser usada para simpatias tem gente que faz é consegue obter bom resultado.
Dizem que a comigo-ninguém-pode ao perceber o ambiente muito carregado, começa a jorrar água de suas folhas como se estivesse chorando. Isso acontece geralmente quando se recebe uma visita muito negativa, ou quando o ambiente está carregado.
Quanto ao significado do seu nome muitos acreditam que ela tem esse nome por ser uma planta pesada e ninguém poder carregar ela, porém o significado mesmo de seu nome é por que é uma referência tanto a sua toxicidade quanto aos poderes místicos atribuídos a essa planta.
As suas folhas ao serem ingeridas pode levar a morte.
Sonhar com pé de comigo-ninguém-pode simboliza que você aprecia as coisas menores e doces da vida.
Tem gente que toma é banho com as folhas dessa planta por que dizem que o banho com as folhas e eficaz para limpeza e proteção espiritual.

Foto de Cicero Lhyma.

A MULA-SEM-CABEÇA DO SÍTIO CALABAÇO.

O Sítio Calabaço está localizado no município de Lavras da Mangabeira, e segundo algumas pessoas houve uma época em que aparecia uma mula-sem-cabeça.
A escritora Cristina Couto conta sobre essa lenda em um artigo intitulado histórias de pescador.
Luis Antônio Marques da Silva Guimarães, ou singelamente, Pe. Luis do Calabaço é filho de Antônio Marques da Silva Guimarães e Joaquina Franscisca de Sá, ele foi um vigário muito popular ao seu tempo, estando a frente da paróquia de São Vicente Ferrer por 17 anos (1846 a 1863).
Teve vida marital com Joaquina Maria do Espírito Santo, conhecida por Marica do padre Luis e com esta, formou família com mais cinco filhos (Luis, Joaquina, Maria, Francisca e José).
Segundo a lenda Marica nas madrugadas das sextas-feiras, transformava-se numa mula que percorria as estradas do riacho do Rosário, onde escaramuçava-se e espojava-se. Em face da mancebia em que viveu com o padre, tornara mal-assombrado o trecho do sítio em que moravam, no qual segundo a crendice popular, era comum aparecerem visões. A respeito do funeral do padre, contava-se ter sido acompanhado por gatos pretos e urubus do Calabaço até a matriz de São Vicente Ferrer, e desta, ao cemitério, por garças. Estórias de botijas enterradas eram apregoadas ainda, porém nunca se viu alguém ter tido proeza à façanha, porquanto, poucos se arriscariam a desenterrá-las visto à suposta aparição de um velho padre de barbas longas, lançador de fogo pela boca.
Essa história correu por todo canto as pessoas falavam que no Sítio Calabaço, nas noites das sextas-feiras transitava na estrada uma Mula sem Cabeça, ora escaramuçando, ora espojando-se, atribuíam ao espírito de uma tal Marica que sendo casada foi amante do padre Luiz do Calabaço, com quem teve cinco filhos e segunda a tradição mulher de padre é mula sem cabeça.
Dizem que o encantamento desaparecia no terceiro cantar do galo. Nesse momento, a mulher voltava à sua normalidade, geralmente exausta e ferida.
Para acabar de vez com o encantamento que recaía sobre a pecadora, alguém deveria arrancar os freios da mula ou furá-la com algum objeto pontiagudo a fim de tirar-lhe sangue, mesmo que fosse apenas uma gota.
O encantamento também poderia ser tirado pelo padre (o amante), que deveria amaldiçoá-la sete vezes antes de celebrar as missas.

Foto da Internet.

APARIÇÕES, VAQUEIRO MISTERIOSO.

Em 2021 surgiu uma história de que no terreno de Chaga Inácio, apareceu um homem montado em um cavalo guiando uma boiada, era muitos bois que estavam ali, segundo o rapaz (filho dele) quando ele olhou para um lado e depois voltou a olhar pro mesmo lado ele não viu mais nenhum vaqueiro e nenhuma boiada haviam tudo desaparecido.
O rapaz passou mal com essa visão e foi preciso ser levado pro hospital do cedro, ele se encontra bem.
Não é só essa aparição que surge nesse terreno, segundo alguns moradores que moravam perto do local, apareciam cobras que ficavam olhando pras pessoas, dava pra escutar assovios e gritos na estrada, enfim aquele terreno é um terreno mal assombrado.

Foto da Internet.
A CUÍCA.

Os mais velhos dizem que se a pessoa passar meio-dia  (12 horas) em ponto perto da baixa da cuíca com sentido entre a mãe da lua e a cruz do finado Dé de João Gomes, aparece uma cuíca rolando e rodando pelo chão fazendo um barulho feio e por mais que a pessoa tente pegar ela não consegue faz é sair correndo com medo assim que ouvir aquele barulho se aproximando pra perto da pessoa, dizem que quando é a meia-noite a cuíca também passa gemendo e fazendo esse barulho feio.
 
Fonte: (Extraído do Livro Mangabeira nas Artes nas Letras na Música de Dias da Silva).

A CUÍCA.

Não era lá muito conhecida, nem mesmo como instrumento, no seu significado mais comum - o de ritmador de samba. E pelo desconhecido é que o rapaz teve medo dela. Na vila, o jovem vivia o seu dia-a-dia sem muitas novidades. Ar um tanto ingênuo, fazia serviços domésticos da casa do patrão e ainda trabalhava na agricultura, indo da Vila para o sítio num vaivém diário. Certa vez, alguém cantarolava um sucesso musical de carnaval: "Eu vi a cuíca gemer..." Ele quis então, saber o que era cuíca. Pergunta a alguém do lugar a quem toda gente reconhece respeitabilidade, mas dado a brincadeiras. A resposta, a propósito, sai carregada de mistério. A troca de olhares com um circunstante que tudo assistia parecia pedir assentimento para mais uma caçoada e fez da cuíca um ente estranho. "Sabe-se que "geme", como diz a letra da música, mas não se tem notícia de sua forma encantada. É o costume aparecer ou ouvir-se, no começo da noite e já se fala em suas andanças, nos arredores da Vila, pras bandas dos Zorondongos". O rapaz tem medo. Apesar de tudo, tem interesse pela cuíca e quer saber mais. "E como.. E como fazer se não se sabe quais suas exigências? Não é como a caipora, por exemplo, que se satisfaz com um pouco de tabaco, no seu desejo constante de fumar?". Quando eu era pequeno, vivendo no engenho de meu pai, distante dois quilômetros da Vila, ouvia falar em entes como caipora, saci, lobisomem etc, mas nunca dessa temida cuíca. Empolgava-me com essas entidades fantásticas e com tantas outras fantasias trazidas pelos trabalhadores, contadas na bagaceira nas noites de luar, e dava todo crédito a tudo. Olhos grudados no contador de histórias e o coração cheio de temor. Sentia-me contudo em segurança.
Não era o caso do rapaz, que vivia o problema de ter que trabalhar num sítio próximo percorrendo todos os dias caminhos ermos e sozinho. Durante muito tempo, fazendo o mesmo itinerário, diariamente nada de estranho acontece. Ele temia, todavia, que esse dia não demorasse, pois não era malicioso e não tinha sagacidade para pôr dúvida no caso da cuíca. Voltando para casa certs feita quase noite pensava em voz alta: Como seria assombroso encontrar essa coisa aqui eu sozinho e sem nenhuma arma..." Quase não termina de pronunciar a última palavra sentiu um arrepio por todo o corpo, os cabelos de pé e o coração em disparada. Fugiu-lhe o fôlego e as pernas, felizmente, aceleraram os passos, rumo a casa. Chega à Vila num pulo, com a língua de fora, sem fala. Familiares preocupados, vizinhos pasmos e principalmente a mãe aflita perguntam o que lhe havia acontecido. Depois de algum tempo, refeito um pouco do susto da suposta coisa, entre goles d'agua para espalhar o sangue, disse: "Eu vi..."
"Viu o quê? - Quiseram saber os que o socorriam e os curiosos, a esta altura numerosos.
"Eu vi a cuíca... a cuíca gemer..."
A notícia da aparição chega aos ouvidos do responsável pela mofa. Vai à casa do rapaz, preocupado, de algum modo, com algum dano causado à saúde do moço. Vê, porém, que tudo vai bem e, olhando para o quase mártir da cuíca, sério, pergunta: "Você viu mesmo a cuíca? Home, crie coragem!"
O rapaz, ainda a tremer, confirma o que jamais vira e ouvira. E, certamente, continuou a ignorar o instrumento de percussão e a existência do animal que deu origem ao recurso musical. É assim a simplicidade de nossa gente, a ingenuidade do nosso interiorano, hoje um tanto sofisticado pelos diferentes meios de comunicação social. Ao mesmo tempo, no mesmo chão, outros mofam desta gente crédula.

APARIÇÕES NA SERRA DA MESCLA.

Segundo uma história, um boato existe na Serra da mescla um ponto que fica localizado entre o caminho que vai até a furna da onça e a antiga casa de farinha (avieiro), na verdade dizem que quem entra nesse caminho consegue sentir cheiro de pimenta, de alho, de arroz cozinhado de carne, vê também mulheres descobrindo as tampas dos utensílios de barro com comida dentro deles, dizem que quem olha pra outro lugar e depois volta a olhar pro lugar onde viu essas coisas não vê mais, pois isso tudo são visagens, aparições coisas que fazem parte do mistério da Serra da mescla.

Foto de Cícero Lhyma.

Em um lugar chamado escondido apareceu uma visagem, segundo relatos de pessoas que estavam perto da beira de um açude uma figura de uma perna só pulou dentro da água do açude, já foram vistas visagens também na Serra da mescla perto da Cruz de Zé Caboclo.
E foram vistas visagens no Prado.

O BOQUEIRÃO.

Foto da Internet.

As terras às margens do Rio Salgado eram ocupadas por índios de várias etnias, principalmente os Kariris, e em lavras da mangabeira existe o boqueirão também chamado de garganta aberta.
O Boqueirão de Lavras é um pequeno cânion esculpido pelas águas do Rio Salgado durante milhões de anos.
Nele existe também uma pequena gruta na sua parte mais alta do paredão de pedras, que o povo do lugar conta muitas curiosas histórias a respeito da mesma, no imaginário dos lavrenses e dos visitantes locais a gruta é recheada de diversas lendas, não se sabe se foi verdade ou não o que aconteceu.
No boqueirão existe uma árvore de oiticica considerada centenária por várias pessoas pois é lá que as pessoas ficam debaixo de suas sombras.
O lugar é um dos símbolos do município estando inclusive expresso na bandeira de lavras da mangabeira.
Existe até uma tirolesa que está localizada na beira do rio embaixo de uma árvore, ela serve pros visitantes que adoram se banhar nas águas do boqueirão, o local sempre recebe visitantes principalmente nos fins de semana, no domingo sempre é possível encontrar gente lá.
Na gruta também há espécies de morcegos raros, e foi até gente no interior da gruta porém não aguentou o mal cheiro das fezes dos morcegos e ai acabou voltando pra casa.
A respeito das lendas que rondam o boqueirão são várias.
As pessoas dizem que lá abriga uma mesa em ouro com um carneiro de ouro, existia salas ricamente atapetadas, mesas e altares com lindíssimas toalhas bordadas, baixelas de metal precioso.
Contava-se que quem se arriscava a alcançar a tal mesa com longas varas e derrubar toda aquela riqueza, era em vão, pois, em poucos minutos estava novamente composta.
Falavam que nas profundezas daquelas águas habitava a mãe d’água, uma mulher de longos cabelos negros, corpo escultural, sendo metade peixe e metade mulher, voz aveludada, quando ela pulava das pedras e mergulhava na água, os pecadores que estavam com suas redes na água não conseguiam pescar mais nada. Muitos até juravam ter vistos os longos cabelos desaparecerem nas águas.
Alma penada que vagava no interior das casas, nos terreiros e nas ruas e nos sonhos a entregar botijas para salvação da alma eram aparições corriqueiras, lobisomem que atacava moças donzelas, sim disseram que já existiu um lobisomem em lavras da mangabeira que atacava os homens, existiu também uma mulher de branco que atacava na rua do alto.

A IMAGEM DA SANTA.

Foto de Valluz Nunes.

Em 2015 foi descoberta uma imagem encravada na parte interna da Serra do Boqueirão, segundo alguns religiosos da região a trata-se da imagem de Nossa Senhora da Conceição.
A imagem pode ser vista do Restaurante que fica no Balneário.
Lembrando que na Serra da mescla, existe também o desenho de um pé cravado em uma pedreira localizado na pedreira onde fica a famosa pedra do avião, esse pé é chamado de o pé de Nossa Senhora, ou pé da Santa.
Na verdade são dois pés que existem na Serra, um que fica nessa pedreira, e o outro que está localizado na adoração um local que fica no sítio oitis mais precisamente no terreno de Maia da Coelce.

A SERPENTE GUARDIÃ.

Segundo a lenda, dizem que existia uma enorme corrente de ouro presa no altar da Matriz de São Vicente Ferrer até a furna do Boqueirão e uma imensa cobra que vivia nas águas, transitava entre a barragem e o poço localizado em baixo das pedras do Boqueirão. Era a guardiã daquela riqueza. Sempre aparecia alguém que jurava ter visto a cobra, ter chegado perto, espiado e depois fugido aterrorizado, dizendo nunca ter visto nada tão assustador.

A PRINCESA ENCANTADA.

Se você já viu o Boqueirão de perto ou até mesmo por foto você percebeu que ele é duas serras separadas por um rio.
Dizem que antigamente  esse rio não existia ou seja era tudo seco tudo estrada inclusive era por essa estrada que as pessoas passavam, as pessoas andavam de cavalo por que nessa época não existia carro, moto ou caminhão o meio transporte era o cavalo. 
Nessa época um jovem vinha á cavalo para a feira de lavras, quando chegou aqui no Boqueirão encontrou uma mulher sentada em uma pedra fiando, perto dessa mulher estava uma galinha com seus pintinhos dourados e um carneiro também dourado.
Ele chegou até ela e disse.
-Bom dia.
Ela respondeu.
-Bom dia, o senhor vai a lavras?
-Vou sim, deseja alguma coisa? Perguntou ele 
-Sim, eu gostaria que o senhor me trouxesse 5 objetos, mais só me servem se for os 5 objetos, não serve se for um, dois, quatro tem que ser os cinco. 
Ai ela disse ao homem que queria que ele trouxesse uma agulha dourada, um novelo de linha dourado, um pente dourado, um espelho dourado e a última coisa ela falou o que era no ouvido dele, o rapaz então seguiu viagem.
Quando chegou a feira de lavras com muito custo conseguiu os quatro primeiros objetos esquecendo-se do quinto.
Ai no meio do caminho ele pensou.
-Eu não consegui o 5 objeto, mas não tem problema levo os quatro, e vai servir, pois não tem como voltar está ficando tarde, os quatro vai servir.
Quando ele chegou encontrou a moça sentada no mesmo lugar, antes que ele chegasse perto dela, ela logo olhou pra ele e disse.
-O senhor não trouxe o quinto objeto não foi, pena que seu trabalho foi em vão por que não vai me servir os quatro, eu preciso dos cinco objetos pra quebrar meu encanto.
De repente a moça e tudo que estava perto dela desapareceram, o homem saiu dali e voltou pra casa triste, ele ficou depressivo ai sempre voltava pra Serra pra procurar essa moça, procurava, e procurava e nada de achar.
Ele corria por as pedras do Boqueirão e nada de achar a moça, até que um dia ele sumiu, e ai quando a família dele deu pela falta dele vieram procurar, e encontraram ele aqui no Boqueirão morto entre as pedras.

LAMPIÃO.

Segundo o que contam, em 1927 lampião e o seu bando fez uma passagem pelas terras dos Augusto na, Fazenda São Domingos mais precisamente em lavras da mangabeira.
Lavras da Mangabeira também teve uma personagem muito importante que fez parte do coronelismo da época, Fideralina Augusto Lima ou dona Fideralina como era conhecida, tanto a história dela como essa passagem de lampião por lavras estão registradas no livro Dona Fideralina Augusto: Mito e realidade de Dimas Macedo lançado em 2017.
Em 25 de Julho de 2019 aconteceu em lavras da mangabeira o cariri cangaço que fez uma pequena homenagem indo até o local em que lampião passou com o seu bando.

MISTÉRIOS NA ESCOLA.

No passado alguns mistérios rondavam algumas escolas, não se sabe o que de fato acontecia mais algumas alunas que estudavam nessas escolas sofriam desmaios e ficavam doentes e nunca se soube o real motivo disso acontecer. 

A COBRA CANINANA DAS AROEIRAS.

Segundo alguns moradores do sítio aroeiras, existe uma cobra caninana que anda pelo terreno de Hermano do Leite, de Zé Branco e de Aristides, dizem que essa cobra é antiga e ninguém consegue pegar ela.
Algumas pessoas já viram ela passar pela Estrada, e por os lados das casas e dizem que o horário que ela sai é meio-dia.
Uma pessoa conhecida em mangabeira que já viu essa cobra foi José Fernandes conhecido como Mudo de Manezinho.
Dizem que quando ele viu ficou surpreso e com medo.

APARIÇÕES EM MANGABEIRA.

Muitos acham que visagens não existem porém é aquela velha história assombrações, visagens e espíritos existem só que só aparecem pra quem acreditam e pra quem eles querem aparecer.
Já teve gente que viu uma asa batendo sem ter passarinho nenhum por perto, viram tipo aquela mão invisível que você não vê mais que sabe e sente que ela tá ai perto de você protegendo você do mal.
Tem gente que vê gente que já morreu, vê vultos, chamados vê algum objeto cair no chão sem ter vento algum por perto e vê até o que não queria ver e se vê não queria ter visto.
Gente que ouve assovios e fica arrepiado na hora, vê uma voz chamando seu nome ter ninguém por perto, sente um cheiro de perfume bem agradável sem ter ninguém perto.
Em mangabeira já teve vários casos de pessoas que ficaram frente a frente com quem já se foi, teve gente que já viu foi uma mão preta na porta e na janela da própria casa.
Segundo um relato de um morador de mangabeira era noite uma noite de lua cheia esse morador estava trabalhando na construção de uma casa e tinha conseguido as telhas da casa com um morador vizinho, acontece que o vizinho tinha dito que ele poderia pegar as telhas no horário que quisesse e como ele estava disponível naquela noite ele resolveu pegar as telhas colocar em um canto e depois levar pra onde estava sendo feita a construção.
Ele começou a colocar as telhas e estava tão distraído fazendo aquilo que não viu o tempo passar e quando foi se dar conta era meia noite, segundo o relato ele estava sozinho quando apareceu perto dele uma pessoa e falou com ele, ao olhar ele se assustou e saiu correndo apavorado pois a pessoa se tratava de um amigo seu que havia morrido.
Outro relato foi de uma moradora de mangabeira, era noite por volta de umas 6 a 7 horas ela estava sentada em uma cadeira dentro de casa perto da janela, quando do nada viu uma mão preta do lado de fora da janela, imediatamente ela saiu de dentro de casa e foi olhar no beco se era alguém querendo lhe pregar uma peça não encontrou ninguém, seus filhos procuraram e nada, essa mesma moradora contou que uma vez apareceu em sua casa um homem que dizia ler as mãos das pessoas, esse homem pegou um papel branco escreveu o nome da mulher nele e jogou esse papel dentro d'água, segundo a mulher ela pode ver uma tesoura cortar o papel dentro da água.
Esse relato aconteceu recentemente em mangabeira.
Algumas coisas estranhas surgiram de repente dentro de uma casa, os moradores fizeram uma viagem no fim de semana e deixaram a casa trancada ninguém entrou dentro dela, quando eles voltaram de viagem encontraram uma garrafa de café quebrada, café derramado no chão, pregadores de roupa jogados no chão, alguns temperos como colorau escondidos fora do lugar onde estavam, e o mais curioso um guardanapo melado de fezes e dobrado em cima da geladeira, até hoje não se sabe como isso aconteceu.

RELATOS EM MANGABEIRA.

Por ser um Distrito pequeno mangabeira é cheia de histórias que o povo conta principalmemte os mais velhos, pois essas histórias passam de geração a geração, além de histórias existem fatos, relatos e coisas que fazem parte do cotidiano do Distrito.
Existe inclusive três relatos que muitos até hoje contam e até juram que aconteceu.
O primeiro se trata de um milagre que aconteceu em mangabeira, dizem que na época que Frei Damião passou por mangabeira ocorreu um fato com uma moradora do Distrito.
Essa moradora era muda e quando ela tocou em Frei Damião ela começou a falar, eu não sei como essa moradora se chamava não era nascido na época, porém muitos dizem que isso de fato aconteceu.

*O 2 relato que também pode ser considerado como um milagre foi a respeito de um fato que aconteceu nessa passagem de Frei Damião aqui em mangabeira, não se sabe ao certo qual foi o ano em que Frei Damião passou por mangabeira. As pessoas mais velhas da região dizem que ele passou pela estrada e foram muitas pessoas olharem a passagem dele. Segundo o relato de uma moradora do Distrito, ela viu Frei Damião passando e foi até ele, ele porém tocou nela e ela que era corcunda começou a andar normalmente atribuindo esse milagre a ele.
Porém essa moradora fez uma coisa que não podia fazer e voltou a ser corcunda.
Dizem que Frei Damião era corcunda por que carregava vários pecados nas costas, e que ele não andava ele flutuava.

*O terceiro relato tem haver com Agapito um homem que morava em mangabeira que cometeu suicídio, algumas pessoas diziam que Agapito era louco, as crianças da época tinham medo dele.
Dizem que quando Frei Damião passou em mangabeira Agapito viu ele é se questionou por que ele era corcunda, porém o fato foi que Frei Damião nada disse e falou apenas que aquele que estava perguntando o por que de seu problema ia enlouquecer e corrente nenhuma daria jeito, então Agapito viu Frei Damião flutuar e se desesperou, ele tentou contar o que tinha visto, ninguém acreditou e nisso ele começou a ficar louco.

Foto de Cícero Lhyma.

O PASSARINHO E O TEMPO.

Contam que o joão-de-barro entende de meteorologia.
Constrói sua casa com a porta contra o lado da chuva certa.
Assim: se a casa está construída com a abertura para leste, nesse ano, a chuva certa é a que vem do lado do poente.
O homem do sertão observa o joão-de-barro para o seu governo. Pode estar "armando" muita chuva, mas se a "aprontação" é pelo lado do nascente, a gente pode sair de casa, pois essa chuva não chega até ali.

0 JOÃO-DE-BARRO E O CIÚME.

Dizem que o animalzinho é ciumento. Quando desconfia que a esposa não lhe está sendo fiel, prende-a no quarto e tapa a abertura com barro. A joana morre de fome, emparedada viva.
Muita gente conta que já viu ossinhos da passarinha dentro de casa abandonada de joão-de-barro.

VIRTUDES.

É ainda do pássaro arquiteto que contam virtudes.
O joão-de-barro é abençoado e o bem-te-vi é excomungado.
Foi assim:
Ia Jesus fugindo da perseguição de seus inimigos.
 O joão-de-barro, que estava à porta de sua casa, ao ver Jesus passar tão apressado, acompanhado de sua Mãe, perguntou:
-Que o leva tão apressado, assim? Alguém o persegue?
Jesus respondeu que sim, que seus inimigos o procuravam.
O joão-de-barro muito penalizado, recolhe o Filho de Deus e a querida Mãe em sua casa, recomendando-lhes que ficassem bem quietos lá dentro, que nada lhes aconteceria.
Feito isso, o joão-de-barro voltou a colocar-se à porta novamente, agora à espera do bando. E os inimigos vieram.
Ao passarem por ali, vendo o passarinho, os homens perguntaram:
-O senhor não viu passar por aqui um homem assim, assim, acompanhado de uma mulher com a cabeça embuçada?
O João-de-barro respondeu que não.
-Por aqui, há bem tempo, não passa ninguém. Com certeza devem ter seguido por outra estrada.
Quando os homens se punham a caminho o infeliz do bem-te-vi, que tinha visto a arte do vizinho, começou a denunciar:
-Bem que vi... Bem que vi...
Felizmente os homens não entenderam a sua linguagem e seguiram.
Desde aí que o bem-te-vi não pode cantar de outra maneira. E é por isso que o joão-de-barro é abençoado e o bem-te-vi é amaldiçoado.

ARQUITETURA.

A planta baixa da casa de joão-de-barro tem a forma de uma espiral.
Parece que foi nessa construção que Oscar Niemeyer se inspirou para criar a capela do Palácio da Alvorada em Brasília.
O joão-de-barro também, por sua vez, aprendeu com os homens arquitetura moderna. Ele faz casas superpostas como os edifícios de apartamentos.
Dizem que joão-de-barro aceita convites.
Quando a gente vê o passarinho diz assim:
-Vamos morar lá em casa, Joãozinho?
Mais alguns dias, e o passarinho aparece e faz sua morada em uma árvore que a gente tenha no quintal.

A ROSEIRA PERFUMADA DA SERRA DO BARRO BRANCO.

Próximo ao iborepi existe um Sítio chamado barro branco e lá na década de 20 morava uma família e nesse período nessa época existiu a doença da lepra, a filha do casal uma moça acabou que pegando essa doença, o pai levou a filha a um médico que mais era um charlatão que indicava produtos naturais pros seus pacientes, assim ele nem chegou a ver a menina e já disse logo que a doença que ela tinha era contagiosa e que a menina deveria ficar isolada ou seja sozinha sem contato algum com outras pessoas.
A mãe e o pai ficaram assustados e então decidiram levar a filha pra uma serra, a serra do barro branco.
O pai construiu uma pequena barraca pra filha ficar e todo dia ele levava comida e água pra dar a filha ele levava colocava em um ponto de serra e ela ia pegar, sem ter contato com ele pois ele olhava ela de longe.
Um dia aconteceu que esse pai acabou que tendo um sonho, ele sonhou com a filha e nesse sonho ela pedia pra que ele fosse ver ela  na serra, ou seja se aproximasse dela.
O pai ficou preocupado com esse sonho e foi atrás de ver a filha, quando ele chegou lá não encontrou ela e nem a barraca que ele havia feito pra ela, ou seja a filha e a barraca haviam desaparecido.
Ele ficou preocupado e viu que no lugar onde a filha e a barraca deveriam estar havia aparecido uma roseira.
Uma roseira bastante perfumada e o mais incrível e que na serra não havia chovido a serra estava em uma época de seca e a roseira tinha aparecido ali bem florida e perfumada.
Dizem que os caçadores quando vão caçar nessa serra até hoje encontram essa roseira que ainda está lá na serra do barro branco.

Comentários

  1. 👏👏👏 amigo cicero que orgulho um trabalho belíssimo ,paciência para descrever todas essas histórias da nossa mangabeira

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A História da Paróquia de São Sebastião Mangabeira - Ceará

A História de Mangabeira - São José.