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Mostrando postagens de outubro, 2019

Batista de Lima.

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Foto Tirada do Site G1. JOSÉ BATISTA DE LIMA. Fonte: (Extraído do livro Mangabeira nas artes nas letras no mundo de Dias da silva). Lá bem longe. Bem no alto. Imponente e vistosa, a Casa grande de Zé Cândido do Taquari. Em atitude de dominio sobre as outras casas menores ao redor. Como se vigiasse tudo. Como se guardasse tudo. Debaixo das asas. Com frente orgulhosa, voltada para o nascente. Para o lado de onde vem a chuva. Para mais abaixo um pouco, o engenho. O engenho do Taquari. Fazendo mel. Fazendo rapadura. Mulheres suadas no puxa-puxa ligeiro. O alfenim do Taquari. O mel do Taquari. O doce do Taquari. Alegria de moradores trabalhando. De todo mundo. Era. Em tempos mais remotos, ouvia-se, na madrugada, o grito do tangedor de boi, mandando as juntas de bois arrastar a bolandeira que fazia rodar as moendas, que esmagavam a cana que se fazia garapa que virava rapadura que a gente comia com feijão e angu. E rangia, e ringia rouquenha. rigida moenda. E o cheiro de mel caminhan...

Padre Amorim.

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Foto do Blog Santuário de Fátima. MANOEL LEMOS DE AMORIM (PADRE) Fonte: (Extraido do Livro Mangabeira nas artes nas letras no mundo de Dias da Silva). Manoel Lemos de Amorim é padre. Da igreja católica e apostólica. E já vai bem dentro dos anos. Todos vividos intensamente. Saído de todos vitorioso. (Cada ano que a gente atravessa é como uma conquista. Como uma vitória. É como um milagre da vida. Porque está tão dificil a gente passar pelos anos.) Pois é: sempre cheio de vida. O entusiasmo brincando sempre no rosto. Sempre espalhando alegria. Em toda esta fileira de anos. Porque Manoel Lemos de Amorim nasceu em 27 de julho de 1929. Lá na Vila São José. Não sei por que lhe mudaram o nome: agora é Mangabeira. A gente tem a impressão de que não é a mesma coisa. Que não diz a mesma coisa. Que Mangabeira não é São José. Só não deixou de ser distrito. Só não deixou de ser de Lavras da Mangabeira. Mangabeira de Lavras. Lavras da Mangabeira. É tanta mangabeira. E é porque aqui nem lá te...

Francisco Dias da Silva.

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Foto de Felipe Gonçalves. BIOGRAFIA DE FRANCISCO DIAS DA SILVA. Extraído do livro: (Mangabeira Nas Artes Nas letras no mundo de Dias da Silva). Francisco Dias da Silva abriu os olhos e chorou no quarto escuro de uma casa de tijolos (perdeu o status depois: foi para a casa de taipa sem reboco, na Barra de Candinho). Porque nasceu no sítio Lajes, do conhecido Thomaz de Lemos. Uma coisa bem verdadeira: a gente tem mais tempo de vida é quando nasce. Daí para a frente é só tirando dia. Diminuindo a vida. Pessimismo? Ora, pessimismo. É a verdade que muita gente não quer aceitar ou sobre que busca enganar-se. É, daí em diante, não há mais soma de tempo. Cada segundo que passa (não esquecer que a gente é que passa) é segundo subtraído. Em sendo concebido, a gente começa a caminhar para o fim. A perder tempo. Não há, contudo, por que a gente se assustar. Pois "a morte não é nada trágica. É simples e certa. É correta. Se a vítima tiver um pouco de calma, pode morrer sem nenhum sofri...